sexta-feira, 12 de março de 2010

Ser mulher

Nesta semana em que se comemorou o Dia Internacional da Mulher, fiquei pensando como é difícil ser uma senhorita. A mulherada lutou para ter seu espaço e, hoje, acumula centenas de obrigações. Tantas que nem dá conta. Mas tem que dar!

Mulher tem que estudar muito e ficar cada vez mais inteligente para provar que também pode ocupar cargos antes dominados pelos homes. Mulher tem que trabalhar para pagar suas contas e não depender de marido para fazer sua vida. Mulher tem que ser mãe, caso contrário, estaria negando sua própria natureza (!). Mulher tem que cuidar muito bem dos filhos e se responsabilizar pela saúde, educação e integridade dos pequenos. Mulher tem que estar atenta à sua saúde e à sua beleza para se manter sempre impecável e linda diante do olhar do companheiro e da sociedade. É... Não é fácil...

Esse acúmulo de tarefas causa transtornos físicos e um sentimento de culpa do tipo: “E agora? Não estou conseguindo fazer tudo ao mesmo tempo...”. Nossa, quantas vezes pensei assim. E olha que não tenho nem marido, nem filho.

Um estudo britânico realizado em 2007 mostrou que as mulheres estão mais cansadas e os homens, mais felizes. Por que será? Talvez porque o avanço feminino no mercado de trabalho tenha aliviado algumas obrigações masculinas no lar.

É. Mesmo assim, as mulheres continuam com salários menores. Uma pesquisa realizada pelo Grupo Catho, há três anos, mostrou, por exemplo, que um professor universitário ganha, em média 4.572 reais. Uma mulher lecionando para acadêmicos recebe um salário de 3.652 reais. Ela é menos competente? Por que essa diferença? A pesquisa mostra a mesma disparidade em todos os outros cargos analisados. Um resultado vergonhoso.

De quem é a culpa? Vamos pensar... Desde crianças, as mulheres brincam de boneca, panelinha e casinha. Os meninos, mais soltos e livres, vão para a rua jogar futebol e brincar de pique-pega. Quando adolescentes, os meninos são servidos o tempo todo. As meninas começam a aprender as tarefas de casa para substituírem a mãe. E assim vai... Entra geração, sai geração, os erros na educação continuam promovendo a distinção de gêneros. Infelizmente.

2 comentários:

Thaiany disse...

Oi Érika foi através deste texto que consegui te encontrar, aliás, todos os seus post são interessantes e muito bem discriminado.
Adorei, e com certeza irei me aperfeiçoar um pouco mais a minha "literatura" se baseando um pouco no seu, do qual alguns serviu até inspiração.

Meus parabéns por ser o tipo de mulher citada no texto acima.

Milhões de beijos, MULHER LINDA E INTELIGENTE

Anônimo disse...

Nossa... cansei só de ler tantas obrigações e tarefas que precisamos abraçar para provarmos que somos capazes. Ok, mas provar para quem, se a sociedade continua machista? Provar o quê se sabemos que somos capazes? Enquanto os erros de educação continuarem o mundo vai continuar rosa para as meninas e azul para os meninos. E de nada vai adiantar tanto estudo, dedicação e instrução de nós mulheres... Vamos ter que nos contentar com o reconhecimento apenas no "Dia Internacional da Mulher", e isso, se eles lembrarem!!!

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