segunda-feira, 24 de maio de 2010

Viva Clarice! Sempre viva...

Há algum tempo estou para escrever este post, destacando algumas frases da fantástica Clarice Lispector. Os trechos me chamaram a atenção pela forma como foram escritos, pela sensação que me causaram ou pela maneira como magnificaram simples situações. As passagens são do livro “Clarice na Cabeceira”, que reúne contos da escritora selecionados por leitores famosos. Cada conto é apresentado com impressões pessoais daquele que o escolheu. Sem dúvidas, um dos livros mais agradáveis que já li... Bem, Fernanda Torres tem toda a razão quando diz: "Clarice me deixa muda!”.

“E como a uma borboleta, Ana prendeu o instante entre os dedos antes que ele nunca mais fosse seu.” (Conto: Amor)

“Antes de se deitar, como se apagasse uma vela, soprou a pequena flama do dia.” (Conto: Amor)

“Não havia, porém, somente alegria e alívio dentro dela. Também um pouco de medo e doze anos” (Conto: A fuga)

“Os desejos são fantasmas que se diluem mal se acende a lâmpada do bom-senso.” (Conto: A fuga)

“(...) eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente.” (Conto: Perdoando Deus)

“(...) e os sinos alegres tocaram novamente chamando os fieis para o consolo da punição.” (Conto: O crime do professor de matemática)
“O ovo desnuda a cozinha. Faz da mesa um plano inclinado.” (Conto: O ovo e a galinha)

“O ovo terá sido talvez um triângulo que tanto rolou no espaço que foi se ovalando.” (Conto: O ovo e a galinha)

“Amor é quando é concedido participar um pouco mais.” (Conto: O ovo e a galinha)

“Para além da orelha existe um som, à extremidade do olhar um aspecto, às pontas dos dedos um objeto – é para lá que eu vou.” (Conto: É para lá que eu vou)

“À extremidade de mim estou eu. Eu, implorante, eu a que necessita, a que pede, a que chora, a que se lamenta. Mas a que canta. A que diz palavras. Palavras ao vento? Que importa, os ventos as trazem de novo e eu as possuo.” (Conto: É para lá que eu vou)

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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Maior aprovação da história

76,1%. Esse é o índice de aprovação do governo Lula, segundo pesquisa CNT/Sensus.

Isso, sem dúvidas, merece um estudo! O barbudo pernambucano desperta ódio e amor por onde passa. Se no Nordeste ele é mais respeitado que Deus, no Sudeste ele é responsabilizado até pelo buraco da esquina. No Brasil, há quem diga que ele é um péssimo gestor e um político despreparado. Lá fora, ele é visto como forte influência internacional sem ter que falar inglês para isso.

Se a Dilma vai se dar bem com isso ou não, é melhor aguardar as eleições que estão por vir. O fato é que a preferência pela candidata petista vem aumentando na mesma proporção em que aumenta a popularidade do presidente metalúrgico. Mas ainda haverá muitas questões para serem analisadas pelos eleitores daqui até o dia de se apertar o botão verde da urna eletrônica.

Hoje, 45,7% dos entrevistados afirmam que as propostas dos candidatos serão o critério que mais será levado em conta na hora da escolha do candidato. Os debates na TV são o segundo critério que os entrevistados dizem que mais vão levar em conta na definição dos votos, com 30,2%. Os programas eleitorais e as notícias na internet completam a lista com 11,5% e 4,4%, respectivamente.

Uma coisa é fato: Devido à sua experiência política, Serra foi apontado pelos entrevistados como o candidato com mais capacidade e experiência administrativa para governar. As mulheres Dilma e Marina terão que se esforçar para conquistar essa fatia de eleitores que confiam no trabalho do tucano aprendiz do FHC.

Isso é o mais bacana das eleições. Pessoas ponderam os prós e contras, os projetos e as besteiras assinadas por cada um, as boas frases e as bobagens ditas, os resultados positivos e calamitosos da administração. O balanço permite a definição do candidato, do partido, da linha de atuação. E que venham as eleições!

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domingo, 16 de maio de 2010

Não sou mais a mesma

Os anos passam e, com eles, chegam alguns probleminhas desagradáveis. Lembro-me de meus 15 anos, quando saía nas noites de sexta e sábado com minha trupe e, ainda assim, tinha o maior pique para qualquer grande emoção extra no domingo. Hoje, perto dos 30, não tenho mais a mesma disposição. Passar a madrugada de sábado em uma night prolongada significa cansaço, olheiras e preguiça profunda até a hora da Patrícia Poeta saudar os telespectadores do Fantástico. Durante todo o domingo, até penso: “Nossa, a natureza está lá fora me esperando. O sol está lindo. O céu está azul... Vou sair dessa preguiça!” Mas a recuperação do corpo e da alma se tornam mais que necessárias para uma semana intensa de trabalho que está por vir. Trabalho e outras obrigações... E são muitas!

Outro sinal da idade é a droga da digestão. Nos meus áureos 15 anos, ia para Cabo Frio e ficava a base de hambúrgueres e refrigerante por sete dias. Hoje em dia, se eu almoçar no Bob’s e jantar um galetinho com polenta frita, estou assinando meu atestado de burra, porque sei que no dia seguinte vou me sentir a mulher mais estufada do planeta e vou morrer de dor. Saladas se tornaram necessárias. Mas que droga! Que gosto tem uma alface? E o tomate? Para ajudar, cápsulas de óleo de linhaça e suco de mamão com laranja pela manhã. Nada de feijoada, rabada, costelinha de porco e outras delícias que demoram um mês para serem totalmente digeridas.

E a pele? Se as adolescentes pensam que só a galera teen tem cravos, espinhas e afins, elas estão muito enganadas. Com a idade, os cuidados com a pele da face mudam e se tornam mais intensos. E chatos! Se antes era necessário apenas ter um adstringente no armário do banheiro, agora é preciso lavar o rosto com um sabonete especial três vezes ao dia, passar um ácido refrigerado que estica a pele toda noite e espalhar pela cara um creme hidratante com filtro solar toda manhã! Já pensou?

A rinite alérgica piora a cada dia. Será que papai do céu quer que eu me torne aquela velha que espirra e tosse em qualquer ambiente fechado? Não quero ser uma senhorinha cheia de resmungos e que emite sons alérgicos acabando com o delicioso silêncio coletivo. Atualmente, se eu grito no Maracanã, a garganta se acaba. Se eu tiro a poeira dos meus móveis, o nariz me xinga. Se eu vôo de avião ou subo uma serra, o ouvido dói. Quando eu era mais nova, não me lembro de ter essas frescuras.

É... Tendinite na mão por excesso de trabalho com mouse, alergia a hidratante perfumado, reação a uso contínuo de lentes de contato, crise de coluna depois de muito samba no pé. Ai, meu Deus. Tenho só 28 anos. Que medo dos anos que estão por vir! Só rindo para não chorar... Então, vamos rir! Rs...

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