“E como a uma borboleta, Ana prendeu o instante entre os dedos antes que ele nunca mais fosse seu.” (Conto: Amor)
“Antes de se deitar, como se apagasse uma vela, soprou a pequena flama do dia.” (Conto: Amor)
“Não havia, porém, somente alegria e alívio dentro dela. Também um pouco de medo e doze anos” (Conto: A fuga)
“Os desejos são fantasmas que se diluem mal se acende a lâmpada do bom-senso.” (Conto: A fuga)
“(...) eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente.” (Conto: Perdoando Deus)
“(...) e os sinos alegres tocaram novamente chamando os fieis para o consolo da punição.” (Conto: O crime do professor de matemática)
“O ovo desnuda a cozinha. Faz da mesa um plano inclinado.” (Conto: O ovo e a galinha)
“O ovo terá sido talvez um triângulo que tanto rolou no espaço que foi se ovalando.” (Conto: O ovo e a galinha)
“Amor é quando é concedido participar um pouco mais.” (Conto: O ovo e a galinha)
“Para além da orelha existe um som, à extremidade do olhar um aspecto, às pontas dos dedos um objeto – é para lá que eu vou.” (Conto: É para lá que eu vou)
“À extremidade de mim estou eu. Eu, implorante, eu a que necessita, a que pede, a que chora, a que se lamenta. Mas a que canta. A que diz palavras. Palavras ao vento? Que importa, os ventos as trazem de novo e eu as possuo.” (Conto: É para lá que eu vou) Read more...