Lembro-me das minhas aulas da graduação, quando meu professor explicava a pluralidade da pós-modernidade. “Na contemporaneidade, podemos participar de vários grupos ao mesmo tempo”, dizia meu grande mestre com doutorado em Sorbonne, na França. E ele tinha razão.
Ao mesmo tempo em que me acabo no samba, requebro no funk e pulo ao som de rock. Leio de Época a revista de futilidades, passando por obras teóricas de antropologia e livros de espiritismo e catolicismo. Como é rico passar por várias esferas de conhecimento, de experiência, de vivência!
Mas me intriga perceber que muita gente não está nem aí para isso. Não estou me colocando em posição de dona da verdade, mas acho que o povo anda muito superficial. Não me refiro a inteligência, mas a valores. Por exemplo: Há cinco mil pessoas agrupadas na rede social Beautiful People (!), que reúne em seu seleto ‘book’ só bonitões e bonitonas. Feio não entra!
Valores como generosidade, parceria, honestidade, fidelidade e solidariedade são deixados de lado. Não importa saber quem presta e quem não presta! Valem os atributos físicos. Única e exclusivamente. A exigência é somente um alto padrão de beleza. Aí eu pergunto: como assim??? Confesso que isso me assusta. Muito! Quando alguém descobrir qual é o objetivo desse negócio, por favor, quero ser a primeira a saber.
Soube que os brasileiros andam "bem na fita" nessa tal rede. O diretor gerente do site, Greg Hodge, declarou que a maior parte dos recusados é dos Estados Unidos, Reino Unido e Canadá. Além de excluir, agora o site expulsa. Aqueles que exageraram nas festas de fim de ano e engordaram ou "embagulharam" estão sendo expulsos, sem dó nem piedade.
Enfim... A que ponto chegamos? É por isso que o ser humano dá cada vez mais valor ao que menos tem valor. Relacionamentos embasados em comportamento, atitude e caráter não têm preço! É nessas relações que eu aposto todas as minhas fichas. E não costumo me decepcionar.
OBS: Depois de um recesso de fim de ano (rs...), estou de volta ao blog! Fiquem por aqui.
1 comentários:
Adorei esse texto por perceber que não faço parte desse grupo fútil, pobre e medíocre que valoriza a imagem. Estou bem comigo mesma e é isso que importa. O que as pessoas pensam de mim é uma consequência das minhas atitudes e do meu caráter, e não do que eu vejo no espelho. É isso que realmente tem valor... pena que para poucos!
Postar um comentário
Comente esse post!