terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Comunicação Empresarial acompanha avanços hi-tech

O jornal e as revistas corporativas estão com os dias contados. A intranet e os comunicados eletrônicos estão roubando a cena antes estrelada pelos impressos no mundo business. Um levantamento do Instituto de Pesquisa da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Databerje), feito para o Jornal Valor Econômico, gerou dados que confirmam essas conclusões.

Em 2007, as empresas usavam a intranet para disponibilizar 18,4% de seu conteúdo. Em 2009, a taxa subiu para 24,7%. Em apenas dois anos, a relevância do jornal institucional impresso caiu pela metade. Em 2007, a publicação reunia 26,6% das informações corporativas. Dois anos depois, o número caiu para 12,7%. As revistas também tiveram queda de 15,2% para 10,7%. A relevância do comunicado online (e-mail marketing, newsletter e deptmail), por sua vez, avançou de 5,5% para 12% no período de dois anos.

A tecnologia está mudando a forma de fazer Comunicação Interna. Informação rápida e eficiente é cada vez mais valorizada pela força de trabalho. É isso que o funcionário espera. Depois de quase quatro anos trabalhando em Comunicação Institucional, acredito que a qualidade de reportagens e a riqueza de informações podem cair com essa nova tendência, na qual informações mais curtas são privilegiadas. As revistas corporativas, que podem ser levadas para casa e lidas com mais calma e atenção, dão lugar a informativos eletrônicos cada vez mais diretos e menos profundos.

Além da análise dos veículos de comunicação, a pesquisa comprovou algo que não é novidade para ninguém que atua no ramo. As equipes estão cada vez mais enxutas. E como! Em 2007, 40,2% das equipes tinham até três pessoas. Em 2009, houve um salto para 49,3%. Ou seja: Hoje, quase metade das equipes de Comunicação Empresarial tem até três profissionais. Isso faz com que jornalistas sejam cada vez mais RPs, RPs sejam cada vez mais publicitários e publicitários sejam cada vez mais jornalistas. Todo mundo tem que saber um pouco de cada área de atuação. É fato que jornalista empresarial precisa saber como fazer pesquisa de satisfação, plano de marketing, diagramação de mural, tratamento e redimensionamento de imagens, tecnologia digital, etc.

Além das funções de comunicólogos, é importante garantir conhecimentos naturais de administrador. Como se responsabilizar, por exemplo, por um projeto de comunicação demandado por uma área da companhia sem ter noções de Gestão de Projetos? Não dá!

Toda essa exigência tem um lado bom para aqueles que correm atrás de novos conhecimentos e fazem intercâmbio de experiências. Os profissionais completos se destacam!

OBS: Em meio a tantas mudanças, algo deve ficar claro: a comunicação empresarial não pode perder seu foco. Fazer campanhas superficiais e ‘para ontem’ com freqüência pode tornar a área um núcleo prestador de serviços. Com isso, a função de traduzir a estratégia da organização para o público interno, principal atribuição dos comunicadores, acaba sendo deixada de lado.

2 comentários:

Mari Freire disse...

Érika, minha amiga, que saudade de ler e escrever aqui. Que saudades dos blogs.
Cara, aviso que vou abrir na minha casa um polo regional de calcinhas e produtos de festinha...rsrsrs. Assim que eu tiver tudo te conto!
Cara, vc relatou no texto sobre a Saara muito do que eu senti dia desses na Uruguaiana. Érika, digo, Délls, o que é aquilo? Minha camera dos sonhos estava lá, os bonecos do Ben 10 do meu afilhado, o GPS do meu sogro. Caraca, muito bom!
Beijos, saudades. Você mora no meu coração!

luisa disse...

Não é minha área, mas gostei de seu artigo!
Um abraço no coração.
Nubia Cardoso
nubiacelia@ig.com.br

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