Tem gente querendo comprar o molusco por um preço astronômico. O oráculo alemão virou papa, o pastor dos pastores, a Mãe Diná das águas. E o tal bichinho ficou horas e horas no ar nas emissoras de TV e ganhou páginas de quase todos os jornais impressos. Ele chegou a ganhar uma página especial na Wikipedia!
E viva o espetáculo da mídia. O povo vê, se diverte e não se pergunta: por quê? Como diria o teórico francês Guy Debord, “o caráter fundamentalmente tautológico do espetáculo decorre do simples fato dos seus meios serem ao mesmo tempo a sua finalidade.”
Famoso por sua obra A Sociedade do Espetáculo, ele disse que a sociedade está acorrentada, em contradição consigo mesma e em processo de aceitação passiva. Para ele, o espetáculo apresenta-se como algo grandioso, positivo, indiscutível e inacessível.
Ele atribui ao espetáculo uma única mensagem: “o que aparece é bom, o que é bom aparece”. E completa: “No mundo realmente invertido, o verdadeiro é um momento do falso.”
Debord está mais vivo que nunca, embora tenha falecido em 1994. Read more...