De repente, a luz se apagou. Fui aos poucos descobrindo que nos bairros vizinhos estavam na mesma situação. As cidades também. Os estados, idem. Até o Paraguai! O desespero bateu. Pensei: Quanto tempo isso vai durar? Será que é um ataque de hackers? Ou um ataque político? Será que consigo ficar mais de 2 horas sem energia elétrica? Como vou saber das notícias sobre o blecaute?
Pensei logo no meu MP4, e logo lembrei que o aparelhinho multifunções estava na gaveta do trabalho na hora que mais precisava dele em casa. Aliás, apesar de o MP4 ser a cara da contemporaneidade, ele nos permite ouvir o bom e velho rádio. Meu celular estava morrendo, apitando como sinal de falta de bateria... E olha que não tenho acesso a internet pelo celular, héin. Ainda bem que telefone residencial funciona às mil maravilhas nessas horas! Foi por ele que me chegavam hard news.
Cenas de filme que retratam caos em cidades sem energia elétrica vieram à minha cabeça. Mas logo dei graças a Deus ao lembrar que eu poderia estar no metrô, do qual saí 40 minutos antes do apagão. Pior ainda se eu estivesse no elevador ou em uma montanha russa! Imagina! É, fiquei meio horrorizada. Acho que exagerei.
Mas notei como somos escravos da eletricidade. Comecei a imaginar minha vida sem geladeira, ventilador, TV, computador, celular. Acho que seria bem infeliz sem eles. E pensar que em pequenas cidades de interior muitas pessoas vivem sem isso tudo... Nessas horas, é bom cair a ficha de que a modernidade traz muitos benefícios, mas ao passo que oferta, ela tira. E quando tira, parece que nos reduz a nada.
Que sensação estranha eu tive na noite do apagão. Um misto de medo com agonia. O interessante é que essa experiência me fez dar valor a cada momento com e sem a energia elétrica. Lembrei como é bom estar em uma cidade iluminada, festiva, com um som pesado aos ouvidos. Pensei como é melhor ainda estar em um camping, sem luz, ar condicionado e outros aparatos eletrônicos, onde só se ouve o som de grilos e pássaros. Tudo tem seu valor... O melhor é aproveitar melhor o melhor de cada situação!
2 comentários:
É isso mesmo, a sensação é muito estranha... pensei na velocidade das novas mídias,que fica sem valor em momentos como esse... pensei que o tempo passa, o tempo voa, mas o radio continua numa boa... as noticias chegavam via radio e eram transmitidas por ouvintes... isso foi incrivel...Dil
Você pensa mt... eu fui estudar, corrigir provas, preparar aulas, fiz unha e achei o tempo todo que tinha gente invadindo a minha casa... relachei, cantei, ouvir música e tomei anti alergico para dar sono. E quando dormia, viajava nas minhas lembranças de crianças e lembrei que houve um apagão quando eu era ainda bem criança e resolvi fazer um teatro com todos da minha casa.
Foi então que ensenamos o Chaves...
Lembro de como nos divertimos e brincamos com aqueles lendários personagens...
"O Bom é ser feliz e mais nada!!!"
Alice
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