Algumas comunidades do Rio de Janeiro, berço do típico funk carioca, agora não podem mais tocar o ritmo que partiu de lá. As favelas com altos índices de violência da cidade estão proibidas de realizar bailes funk. E a Polícia Militar está marcando em cima! Fiscalizando geral!
Mas até festas particulares de moradores estão sendo arbitrariamente interrompidas. Pode ter festejo, desde que não tenha funk! Um completo absurdo! Como se isso fosse a solução da violência ou do controle do tráfico. Uma expressão cultural característica dos morros cariocas está sendo impedida de ser manifestada. O problema é que tem gente que acha que funk não é cultura...
Posso dar minha opinião, sim, porque frequentei alguns bailes de comunidade, mais conhecidos como 'bailes de morro'. Já ouvi batidão no Morro do Salgueiro, na Chatuba, na Rocinha, na Vila Ideal (e por aí vai). Sei que o tráfico está sempre presente. Não dá para dizer que não. Os caras garantem a segurança dos moradores do morro como os PMs garantem a segurança da galera do asfalto. É a proteção do meio. Não há como sermos etnocênctricos e achar essa relação um contra-senso. É assim a vida lá dentro... Dai achar que impedir os bailes funk resolve o mundo! Não faz sentido.
Segundo a PM, não se trata de proibição. Isso é forte demais! Pega mal... Os 'papa mike' só estão trabalhando para impedir a realização de bailes sem permissão. (!) Piada... Já que é assim, seria interessante a PM dar um rolé pela Barra da Tijuca e pela Zona Sul para impedir bailes sem autorização que ocorrem entre as quatro paredes de boates e "inferninhos" VIP frequentados por gente "bacana". Lugares em que o consumo de drogas e a violência também ocorrem indiscriminadamente. Engraçado... De onde vem a droga das boates? Ahhhh, do morro, não é? Tá vendo como é hipocrisia acabar com baile de morro.
Essa discriminação de cunho cultural está embasada na lei estadual 5.265, do ex-deputado e ex-chefe de polícia Álvaro Lins (super-confiável!). Agora, um baile funk só pode ocorrer se a autorização for solicitada com 30 dias de antecedência, tiver comprovante de tratamento acústico, um banheiro químico para cada 50 pessoas e câmeras no local. Essas são só algumas das regras. Ou seja... Querem mesmo que o funk acabe!
Deveres, sim. Direitos, nunca! Um cidadão do morro só pode promover um baile se cumprir isso tudo. Mas o poder público, cumpre tudo o que deveria? Acho que não... Será que as comunidades têm segurança, alimentação e saúde? Hmmm...
Sabe aquela história de a corda sempre arrebentar no lado mais fraco?
Mas até festas particulares de moradores estão sendo arbitrariamente interrompidas. Pode ter festejo, desde que não tenha funk! Um completo absurdo! Como se isso fosse a solução da violência ou do controle do tráfico. Uma expressão cultural característica dos morros cariocas está sendo impedida de ser manifestada. O problema é que tem gente que acha que funk não é cultura...
Posso dar minha opinião, sim, porque frequentei alguns bailes de comunidade, mais conhecidos como 'bailes de morro'. Já ouvi batidão no Morro do Salgueiro, na Chatuba, na Rocinha, na Vila Ideal (e por aí vai). Sei que o tráfico está sempre presente. Não dá para dizer que não. Os caras garantem a segurança dos moradores do morro como os PMs garantem a segurança da galera do asfalto. É a proteção do meio. Não há como sermos etnocênctricos e achar essa relação um contra-senso. É assim a vida lá dentro... Dai achar que impedir os bailes funk resolve o mundo! Não faz sentido.
Segundo a PM, não se trata de proibição. Isso é forte demais! Pega mal... Os 'papa mike' só estão trabalhando para impedir a realização de bailes sem permissão. (!) Piada... Já que é assim, seria interessante a PM dar um rolé pela Barra da Tijuca e pela Zona Sul para impedir bailes sem autorização que ocorrem entre as quatro paredes de boates e "inferninhos" VIP frequentados por gente "bacana". Lugares em que o consumo de drogas e a violência também ocorrem indiscriminadamente. Engraçado... De onde vem a droga das boates? Ahhhh, do morro, não é? Tá vendo como é hipocrisia acabar com baile de morro.
Essa discriminação de cunho cultural está embasada na lei estadual 5.265, do ex-deputado e ex-chefe de polícia Álvaro Lins (super-confiável!). Agora, um baile funk só pode ocorrer se a autorização for solicitada com 30 dias de antecedência, tiver comprovante de tratamento acústico, um banheiro químico para cada 50 pessoas e câmeras no local. Essas são só algumas das regras. Ou seja... Querem mesmo que o funk acabe!
Deveres, sim. Direitos, nunca! Um cidadão do morro só pode promover um baile se cumprir isso tudo. Mas o poder público, cumpre tudo o que deveria? Acho que não... Será que as comunidades têm segurança, alimentação e saúde? Hmmm...
Sabe aquela história de a corda sempre arrebentar no lado mais fraco?
1 comentários:
Parabéns pelo blog, Erika. É isso aí, repressão cultural é o máximo do conservadorismo institucional.
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