Blog... Para quê? Twitter... Por quê? Facebook... É, ainda não tô nessa. Tudo bem, estou atrasada. Mas, peraí? Atrasada para quê?
Que liberdade fingida a tecnologia oferece, né? Estamos cada vez mais aprisionados. Quem não tem blog não entra na 'patota' (ainda se usa essa palavra, ou eu também estou atrasada nesse quesito?). Quem não anda twitando com a Xuxa, também está por fora. Ops! Dei bobeira de novo. Alguém me disse que a loira não está mais no Twitter. Estou mesmo atrasada. Não acompanho essa velocidade.
E minha cabeça ficou cheia de interrogações 'digitais' depois de assitir a uma palestra de Derrick de Kerckove, o fã número zero de Marshall McLuhan. Ele esteve no Brasil na noite desta segunda-feira (31/8), mais especificamente no Leblon, para falar sobre entretenimento e as novas tecnologias de informação, no Consórcio de Entretenimento e Cultura Contemporânea.
Derrick levantou uma bola : Antes, as obras literárias chegavam para nossa internalização. Nós, leitores, imaginávamos o cenário, os personagens, o caminhar da história. Criávamos no nosso imaginário os contornos de cada pedacinho do romance. Agora, externamos a nossa imaginação ao invés de internalizarmos. Tudo mudou... Para mim, porém, é difícil enxergar a barreira que marca essa divisão entre as diferentes lógicas mentais.
Hoje temos a inteligência distribuída, em diferentes meios... Somos um milhão de perfis com as mesmas características. Somos avatares e pessoas. Somos de mentira e de verdade. Multitarefas! Somos robôs, mágicos, ciberhomens ou sei lá o que. Somos! Simplesmente somos. Porque temos que ser. Ou as tecnologias nos engolem... Será?
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Internalizar ou externar informações?
Postado por Érika Alves às 23:28
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domingo, 30 de agosto de 2009
Chegou a hooooraaaaa!
Está aberta a temporada carnaval 2010. A disputa de sambas já começou em várias escolas e o clima de carnaval invade o Rio de Janeiro. Para minha alegria e de 90% dos cariocas, as quadras já estão no ziriguidum, escolhendo o samba que vai sair do gogó dos intérpretes e dos torcedores das agremiações no próximo verão.
Como amante de samba, acho essa fase interessante para que o público conheça o enredo da escola e entenda como cada compositor interpreta esse enredo para criar o samba. É um exercício interessante descobrir quem mais se aproximou da proposta do carnavalesco. Mas nem sempre o samba preferido da galera é o samba preferido da escola... Acontece. Que venham as disputas e que venham belos sambas para o carnaval 2010!
Como amo samba, de hoje até o carnaval devo aparecer por aqui falando de algumas escolas... Os comentários estão super abertos para os que curtem como eu!
Para quem se remexe todo com os batuques carnavalescos, aí vão alguns sites onde há várias informações sobre a festa mais esperada do ano:
http://www.sidneyrezende.com/carnavalesco
http://www.galeriadosamba.com.br/
http://www.ocarnavalcarioca.com.br/ (Cheio de notícias e fotos das festas das escolas)
http://odia.terra.com.br/portal/odianafolia/
http://www.apoteose.com/ (Para quem gosta de baixar sambas, sejam eles antigos ou recentes)
Read more...Postado por Érika Alves às 15:43
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quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Churros de 1 real ou de 2 reais?
Por que há uma barraca de churros em cada esquina do bairro onde moro? Fico me perguntando se esses vendedores não poderiam estar mais longe de mim... A pelo menos 15 km de distância, pelo amor de Deus... Que droga! Saio do pilates e me deparo com aquelas maravilhas massudas (de 450 calorias!!!) recheadas com 1 dos 5 recheios disponíveis... Sim, 5. Quando eu era criança, era apenas o velho e bom doce de leite.
Hoje, você se depara com um vasta lista de opções 'dos deuses' para dizer "é esse": doce de leite, doce de leite com coco, chocolate, goiabada, e mais sei lá o que. E se você quiser ingerir o dobro das calorias, que tal um churro de dois reais? O tamanho é tão agressivo quanto o olho grande de quem compra. E eu tenho olho grande!
Então, o mundo poderia me ajudar, já que sozinha eu não me garanto de dizer não a essas guloseimas. Vou contar em off... Como medida de compensação, compro uma salada frutas a cada churro que consumo. A culpa diminui. rs...
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Ela ensina crianças e comunicadores
Estava eu em um evento de Comunicação Ambiental destinado exclusivamente para comunicadores. Em pauta: sustentabilidade, visão de mercado, capitalismo, formação da consciência, confronto de discurso e prática, comunidades, comunicação como ferramenta de gestão, etc.
Até que surgiu na platéia, um pouco tímida, uma mulher chamada Márcia. Ela se apresentou, meio sem jeito, e explicou logo que não era comunicadora. Mas por que ela estaria ali? "Sou professora de artes e música do ensino fundamental da rede pública de ensino". Moradora de Realengo, a mestre foi até a Praia Vermelha, na Escola de Comunicação da UFRJ, para aprimorar seu papel de educadora. Mas será que jornalistas e marketeiros poderiam ajudar?
"Não entendo como meus alunos mal têm o que comer, mas querem ter o produto teen do momento". Com muitas dúvidas na cabeça, Márcia teve a sensibilidade de perceber detalhes que passam batidos diante de alguns profissionais de educação, que se contentam em ganhar o seu "din din" no fim do mês. Por amor à profissão e respeito a seus pequenos alunos, ela foi ali buscar entender o consumismo e o desejo de ter para ser. Como a propaganda influencia essas crianças? Como combater essa influência? Como educar? Como agir? Como? Como? Como?
Ela nem sabia se estava no lugar certo, mas preferiu arriscar. Foi parar na Eco. E fez da presença dela o ponto alto do encontro. Na minha cabeça, deixei o mundo business de lado para pensar na vida da Márcia, na sala de aula, nos alunos... Fiquei ali parada, por uns 30 minutos, com mil questionamentos na cabeça. E pensei: Que pessoa comprometida! Esse é o tal do engajamento tanto lembrado em encontros ambientais. Mas tão raro... Ela faz a sua parte levando conscientização pela arte. Sem ninguém ter pedido isso a ela.
Márcia foi atrás de conhecimento. Mais conhecimento do que ela já tem. E nós aprendemos com ela.
Obs: Tem um detalhe... Ela será descontada porque faltou um dia de trabalho para buscar conhecimentos que o poder público não oferece a ela para exercer bem o papel de educadora. É... (!!!)
Postado por Érika Alves às 22:28
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sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Mulher de fases... Eu?
Faço terapia, sim. E daí? Preciso entender melhor o que passa nessa minha cabeça, que "não pára, não pára, não pára não". Quero entender por que em um dia sorrio até para um mosquito, mas no dia seguinte minha paciência chega ao fim com um simples atraso de 15 segundos do metrô. A variação de humor é inerente à mulher. Isso é fato! Mas a intensidade dessa mutação temperamental muda a cada endereço feminino.
Às vezes, estou como uma criança de cinco anos, brincando de cócegas, me divertindo com pequenas bobagens, rindo até da sombra. Às vezes, adquiro uma maturidade irritante, que não deixa meu espírito entrar em clima de diversão de jeito nenhum. Seria legal se eu pudesse controlar esse negócio. Poxa... Fazer o quê? Vida que segue...
Concluindo: Não sou mulher de fases, não, como andei ouvindo por aí. Rs... Sou assim, completa! Tenho todas as personalidades em uma pessoa só! Isso não é bárbaro? Se eu fosse sempre igual, que graça teria?
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Sem Marina Silva
Ela ficou cinco anos è frente do Ministério do Meio Ambiente. E lutou, com uma postura impecável, contra obras que deveriam ficar prontas 'imediatamente', mesmo que isso representasse degradação ambiental. Viva Marina!
Nascida no meio da Amazônia, a filha de retirantes nordestinos cresceu e configurou entre importantes movimentos sociais. Sua imagem foi se fortalecendo anos após ano. Viva Marina!
A ex-faxineira e ex-seringueira, que até hoje luta contra uma contaminação por metais pesados, já pensou em ser freira. Desistiu. No início da década de 80, fez faculdade de história. Não desistiu. E é hoje essa mulher inteligente que temos o prazer de ver e ouvir. Viva Marina!
Ao lado de Chico Mendes, ajudou a fundar a Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Acre. Foi a vereadora mais votada em Rio Branco e a mais jovem senadora do país. Viva Marina!
É... a estrela do PT perde parte de seu brilho sem a Marina. É uma pena... A política, por sua vez, ganha uma sacudida. A disputa presidencial ganha outro fôlego. Vamos ver no que vai dar...
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Óleo de peroba para o Senado
As recentes declarações dos nossos 'queridos' senadores são de matar qualquer um de raiva. Tasso, Renan, Collor e companhia disputam acirradamente o prêmio ' o mais cara de pau'.
And the oscar goes to... Sarney! É claro. Igual a ele (ou pior que ele) não há. O dono do Maranhão teve a coragem de dizer: "Não tenho tido nenhum ato que desabone minha vida". Que coisa, não? Quando ele assumiu a presidência do Senado pela primeira vez, em 1995, prometeu apoiar projetos de reforma e de "construção das esperanças". Esperança de quê?
Em 2003, na sua segunda passagem pela principal cadeira do Congresso, ele afirmou em alto e bom tom: "O Senado (...) cumprirá sua missão histórica de harmonizar conflitos e buscar sempre e em tudo atender ao interesse público". Que lindo! É de chorar. De ódio...
Senador pelo Amapá (!!!), Sarney tem uma carreira política pouco confiável, sempre atrelada a métodos reacionários escondidos sobre aquele bigode e o gel do cabelo. Em 1965 ele passou pelo Arena, aquele partido de sustentação do regime militar. Acho que Sarney tem orgulho disso. Eu tenho nojo!
Seu patrimônio pessoal assusta. Fazendas, empresas de comunicação, casas, etc. Ele deve ter uma casinha por aqui, ao lado da minha. Imaginem o que não tem por aí. Muita sujeira ainda vai aparecer. Mas ele acha que está sendo injustiçado. E não tem vergonha de dizer isso! Coitado...
Postado por Érika Alves às 15:10
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sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Três por computador? Isso não nos pertence mais!
Acionando a minha memória, lembro do período em que fiz estágio (não remunerado!) na Assessoria de Imprensa do Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. O PC que eu usava era antiiiigo, meio amarelado... Tinha word, excell e olhe lá! Para que mais?
Internet? Era luxo. Só no micro do chefe eu podia acessar a rede para fazer o clipping digital. Aliás, eu fazia diariamente um clipping de recorta e cola. Mas não é o Ctrl R + Ctrl V, não. É o manual mesmo. Ficava com as mãos pretas, me sujava de cola, cortava micro tijolinhos do caderno de cultura, usava folhas e mais folhas...
Hoje em dia, é bem diferente. 98% dos computadores das empresas têm internet. Há onze anos atrás, eram apenas 5%. Foi a Fundação Getúlio Vargas que fez essa análise e mensurou o avanço.
Em 1988, três usuários disputavam o mesmo computador no trabalho. Imaginem a guerra? Hoje em dia, há um PC para cada 1,1 usuário. Um vírgula um é ótimo! Imaginem um usuário mais um décimo de outro diante de um teclado! rs... (Brincadeira!)
Enfim... Os anos passaram, as coisas mudaram. E o blog do jornalista André Machado mostra os dados da pesquisa. Vale uma olhadinha curiosa. Acesse: http://oglobo.globo.com/blogs/andremachado/post.asp?cod_post=60709
Postado por Érika Alves às 17:14
2 comentários Marcadores: Blog, comunicação, internet, redes
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segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Sorrir e sorrir
Gargalhar levanta o corpo e sacode a alma
Mas a saúde também agradece
Rir excita e depois relaxa
Rir é quase melhor que sexo
Uma boa gargalhada tira o equilíbrio
Elimina a noção de limites
Mas, para que limites?
E por que equilíbrio?
Nada melhor que virar criança e rir até da sombra
Adultos mais infantis seriam muito mais agradáveis
Não há nada mais divertido de rir de alguém com esse alguém
Trocar sorrisos engrandece o ser humano
Lembrança, piada, besteira
Brincadeira, cócegas, comédia
Simples momentos para sorrir e sorrir
A vida sem isso não teria a menor graça
Delicioso é sentir os olhos mais irrigados
Depois de minutos em êxtase
Melhor ainda é sentir a lágrima caindo discreta
E ter a certeza que foi um modesto sinal de alegria excessiva
Não há sensação mais tranquilizante
Que perder o ar depois de rir intensamente
Uma vez seguida da outra
Sem medo de cansar ou morrer de rir
Érika Alves